terça-feira, 31 de maio de 2011
Presidente da Fundação Catarinense do Esporte pede mais atenção para os Jabs
Pecos Borsatti, presidente da Fundação Catarinense do Esporte e professor de marketing esportivo na Unisul de Santa Catarina, esteve em Poços de Caldas durante a abertura dos Jogos Abertos Brasileiros. Em 1991, Borsatti organizou em Santa Catarina a primeira edição dos Jabs e vê hoje a necessidade de participação maior da mídia para o crescimento do esporte brasileiro. "Fui pioneiro nestes jogos. De 1991 a 1994 eu organizei esta competição e de lá para cá vejo que houve evolução em alguns pontos, mas em outros está tudo exatamente como era", disse ele. Segundo Borsatti, a ideia inicial dos jogos era premiar os municípios campeões. "O que percebo é que lado promocional do esporte anda esquecido. Temos que pensar no espetáculo, e aí entra a mídia. Esporte sem mídia não existe e precisamos dar mais atenção para este lado. Quando os jogos foram criados a ideia era que as televisões se interessassem pelo evento, os jornais fizessem uma ampla cobertura, que o Ministério dos Esportes também desse mais atenção para os Jabs e isto acabou não acontecendo", disse. A falta de interesse da mídia nacional pelo evento, que ele relata, foi confirmada na edição dos Jabs em Poços de Caldas. Pouco se viu neste sentido e apenas a imprensa local e alguns órgãos regionais deram alguma ênfase ao evento. "Vejo a necessidade de uma criação de uma organização, com ou sem fins econômicos, para ver este lado. Não se pode deixar nas mãos de cada município ou Estado. Precisamos criar um evento mais profissional, vender espaço, buscar mais patrocinadores, realizar promoções com o público, ter ginásios cheios, enfim, dar mais importância. Preocupa-se muito o lado de integração, confraternização, mas é preciso tornar os Jabs mais profissional", disse ele, que ressalta que com isto seria devolvido aos municípios os investimentos e aos patrocinadores que colocam o nome na camisa maior visibilidade, que ultrapasse o Estado. "Todo o Brasil precisa saber o que está acontecendo durante os Jabs, esta era minha ideia inicial lá na primeira edição dos jogos, mas me parece que ainda não se conseguiu isto. Vejo uma vontade muito grande dos Estados, um comprometimento, porém, falta alguém para dar esta organização e uma parceria mais forte com a mídia. É preciso buscar recursos, fazer um evento mais forte e com uma participação de mais Estados, fazer dos Jabs nossa olimpíada do Brasil. Pelo menos esta era minha ideia quando propus, porém, não foi o que aconteceu. Não sei se estou errado, preciso analisar, mas continuo, ainda hoje, defendendo minha tese", finalizou.
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