quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Glaysson vira destaque do time depois de atuação contra o Cruzeiro

Revelado pelas categorias de base do Cruzeiro, Glaysson sempre se destacou nas equipes onde jogou. Em 2009, por exemplo, foi um dos pilares do Rio Branco de Andradas, que chegou às finais do Campeonato Mineiro. Na estreia da Caldense no Estadual deste ano Glaysson mostrou que a boa fase está de volta depois de um 2010 bastante problemático para o jogador de 31 anos, titular absoluto do gol da Veterana. A reportagem do Mantiqueira acompanhou os treinos com os goleiros da Caldense na tarde de ontem no CT Ninho dos Periquitos e conversou com Glaysson.
Mantiqueira – Você foi o destaque da equipe na estreia contra o Cruzeiro. Foi elogiado por toda a mídia mineira. Como você analisa esta estreia da Caldense no Campeonato Mineiro e sua atuação?
Glaysson – Foi uma estreia difícil, complicada, já que os times da capital são sempre muito difíceis de serem enfrentados. Jogamos contra o atual vice-campeão brasileiro e nosso time se comportou muito bem. Poderíamos ter saído na frente no placar na primeira etapa, perdemos duas chances bem claras de gols e na segunda etapa conseguimos segurar até boa parte do jogo, mas acabamos derrotados. No meu modo de ver, sofremos um pênalti que não existiu e este lance nos desestabilizou. Aquele pênalti derrubou nossa equipe e foi determinante no resultado. Bola pra frente e vamos buscar a recuperação na partida de hoje contra o América. Quanto a minha atuação, recebi muitos elogios, mas tudo é fruto de trabalho. Uma pena que, apesar de eu ter me destacado, feito boas defesas, nosso time tenha deixado o campo derrotado. Quem sabe na próxima eu volto a me destacar e o resultado final seja bem melhor que os 3x0 que levamos do Cruzeiro.
Mantiqueira – No momento do pênalti, você estava de frente para o lance, qual foi sua primeira impressão?
Glaysson – Na hora eu achei que tinha sido, mas o Ivo estava muito convicto que não tinha tocado no Thiago. O lance foi muito rápido.
Conversando com mais calma no vestiário com o Ivo ele me convenceu que não havia tocado mesmo o atleta do Cruzeiro. Vendo mais tarde pela TV aí tivemos a certeza de que o juiz cometeu um grande erro contra nosso time.
Mantiqueira - Você está saindo de um ano difícil. Como foi a preparação para voltar a ser o goleiro de destaque que foi em outras equipes?
Glaysson – 2010 não foi um ano muito bom para mim. Logo no início do ano sofri uma lesão no púbis. Tinha ido para o Volta Redonda com o professor Catanoce e não consegui jogar devido a uma inflamação no osso. Fui para o Uberaba, onde comecei a disputar o Campeonato Brasileiro mas não estava bem fisicamente, falhando em alguns jogos, fiquei de fora depois retornei ao time no meio da competição. Conseguimos o acesso e depois fomos bicampeões da Taça Minas pelo clube. Não tive uma boa sequência de trabalho em Uberaba. Aqui, com o Britto [preparador de goleiro], as coisas mudaram. A gente já se conhecia desde os tempos de Rio Branco de Andradas e Volta Redonda. Ele é um grande profissional e consegui retomar minha condição física e psicológica. Ele me passou uma programação pesada de treinos e procurei seguir tudo direitinho. O trabalho do Luiz Caldiron [preparador físico] também foi muito importante na minha recuperação, já que quando cheguei a Poços de Caldas estava contundido e fui me recuperando bem para este campeonato.
Mantiqueira – Como que está a expectativa para a partida desta noite contra o América?
Glaysson – Será outra pedreira, estão motivados com o acesso para a série A do Campeonato Brasileiro, mas acredito plenamente nas condições da Caldense de vencer este jogo. Vamos respeitar o América, mas precisamos acreditar em nossas possibilidades de vencer. Temos que ter muita atenção com os jogadores do América, mas em casa temos que impor o nosso ritmo de jogo e mostrar para o nosso torcedor a mesma determinação que mostramos diante do Cruzeiro.
Mantiqueira – Você começou na base do Cruzeiro. Por onde passou até chegar a Poços de Caldas para defender as cores da Caldense?
Glaysson – Comecei no Cruzeiro, onde joguei desde o fraldinha até o profissional. Fiquei no Cruzeiro até 2000 e, beneficiado pela Lei Pelé, peguei meu passe e comecei a rodar o interior. Joguei pelo Guarani de Divinópolis, Villa Nova de Nova Lima, Ipatinga, Democrata GV, Democrata de Sete Lagoas, Grêmio Mauaense-SP, Legião-DF, Mixto de Cuiabá, Volta Redonda, Rio Branco de Andradas, Uberaba e Caldense.
Mantiqueira – Quando você trabalhou pela primeira vez com o Catanoce?
Glaysson – Eu estava no Villa Nova de Nova Lima e fomos fazer uma pré-temporada em Pouso Alegre. Na época, o Catanoce estava no Rio Claro, que também estava em pré-temporada naquela cidade. Ele observava nosso treinamentos e acabou pintando algumas possibilidade de trabalhar juntos. O primeiro clube onde ele foi meu técnico foi o Rio Branco de Andradas, depois fomos trabalhar juntos no Volta Redonda e agora na Caldense.

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