domingo, 27 de fevereiro de 2011

Caldense empata e reunião hoje deve resultar em muitas mudanças

Insatisfação. Esta é palavra que mais se encaixa na campanha da Caldense no Campeonato Mineiro. Estão insatisfeitos, o presidente do time, toda a diretoria, a imprensa de Poços em geral e principalmente o torcedor, que não agüenta mais ver o seu time de coração a cada rodada se afundar num mar de resultados negativos que o deixa mais perto do módulo II de 2012.
Ontem, na distante cidade de Montes Claros mais uma decepção proporcionada pelo time comandado por Paulo Cezar Catanoce. A Caldense não se aproveitou do fato de enfrentar um adversário muito fraco e sem pressão da torcida. O jogo foi disputado com portões fechados devido a diversos problemas no péssimo estádio de Montes Claros. As conseqüências do empate de ontem serão conhecidas hoje.
O Mantiqueira conversou com o presidente da Caldense Antônio Bento Gonçalves logo após o jogo e ele disse que uma reunião extraordinária está convocada e deve acontecer ainda hoje. Nesta reunião serão discutidos os rumos da equipe à partir de agora. Apesar de Bento Gonçalves não ter adiantado nada sobre esta reunião, a saída do técnico Paulo Cezar Catanoce parece ser inevitável. Ontem, após o jogo, Catanoce deu declarações para várias rádios afirmando que gostou do resultado. Para ele é melhor empatar do que perder, principalmente jogando fora de casa. “O time se portou bem dentro de campo, tivemos chances de vencer e somamos um ponto importante na competição”, disse ele. Catanoce se esqueceu, ou não percebeu, que em campo a Caldense teve uma atuação lamentável. A equipe não se encontrou em momento algum, principalmente na segunda etapa quando o Funorte teve diversas chances para vencer o jogo. O time da casa porém, esbarrou em sua própria ruindade. Graças a este detalhe importante a Caldense conseguiu voltar para Poços de Caldas sem uma derrota. Foi o quarto empate seguido da Veterana na competição, todos pelo placar de 1x1.
Reforços - A surpresa da tarde ficou por conta de Fernando Gaúcho que não entrou em campo. Contratado para solucionar o problema de falta de gols da Caldense, o jogador foi poupado devido ao fato de ter se recuperado de uma contusão há pouco tempo. A comissão técnica achou melhor deixar o jogador fora do jogo pelo fato dele ter chegado na quinta-feira e ainda está desentrosado com o restante do time. O gramado pesado em Montes Claros também poderia fazer a contusão do jogador voltar. Como o time tem 15 dias para se preparar até a próxima partida contra o Tupi em Juiz de Fora o atleta terá mais tempo para se adaptar ao novo clube. "A contusão do Fernando está cicatrizada, mas achamos melhor poupar ele deste jogo devido a várias circunstâncias. O pouco tempo de sua chegada e o estado do gramado são alguns dos motivos", disse um integrante da comissão técnica. Chimba, o outro recém chegado na Caldense jogou toda a partida, mas a exemplo de toda a equipe, não agradou.
O jogo - Como já foi dito acima, a partida foi disputada sem a presença da torcida, uma vez que o laudo da estrutura de engenharia do estádio, elaborado pelo Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura de Minas Gerais (CREA-MG), não foi emitido a tempo para que o Ministério Público liberasse a entrada dos torcedores.
O Funorte, jogando em casa e precisando vencer partiu para o ataque logo no início. Dandão, mesmo visivelmente fora de forma, era o homem mais perigoso do time da casa. Através do jogador, o Funorte criou suas melhores chances na partida. A Caldense apenas esboçava alguma tentativa de ataque. O primeiro lance mais lúcido do ataque do time de Poços de Caldas aconteceu apenas aos 18 minutos quando Chimba chutou forte obrigando o goleiro Rafael Barrios, a fazer boa defesa.
O jogo era arrastado. Faltava torcida nas arquibancadas e futebol no campo. Funorte e Caldense judiavam da bola a todo momento e só não eram vaiados em campo porque não tinha jeito disto acontecer. A interdição do estádio para o público acabou sendo um prêmio para os torcedores, que foram poupados de um jogo bizarro.
Aos 35min, a Caldense abriu o marcador. Lúcio partiu pela esquerda e cruzou para a área, à meia altura. O atacante Luisinho, mesmo com 1m60, cabeceou entre os zagueiros do Funorte. A bola entrou no canto esquerdo do gol de Rafael Barrios. Um gol achado, e praticamente o único lance de emoção na primeira etapa.
Segundo tempo - Se enganou quem pensou que o péssimo futebol apresentando no primeiro tempo não se repetiria na segunda etapa. Funorte e Caldense voltaram da mesma forma, "batendo" na bola e proporcionando lances de puro futebol de várzea. O Funorte voltou "menos pior" e pressionou muito a Caldense.
O técnico Wagner Oliveira, no intervalo fez várias mudanças, tirando um zagueiro (Anderson Mendes) e colocando um meia atacante (Gabriel). Mais ofensivo e, jogando, principalmente, pelo lado direito levou muito perigo ao gol de Glaysson. Desta forma, a equipe da casa conseguiu empatar aos 9min do segundo tempo. Peter entrou na área, driblou o zagueiro e tocou para o atacante Dandão, que, na frente do goleiro, teve apenas o trabalho de tocar para o fundo das redes.
A esta altura era o resultado mais justo.
O Funorte continuou atacando, mas não conseguiu chegar à meta adversária. Mesmo não fazendo por merecer, a Caldense ainda quase marcou o gol da vitória. Vieira cobrou uma falta com perfeição mas a bola bateu na trave direita do goleiro Rafael Barrios. No final da partida o Funorte ainda teve um gol anulado por impedimento.

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