Poços de Caldas, MG - “Temos que ser uma espécie de anjo da guarda destes meninos, estar sempre orientando, explicando a situação de jogo”, diz o preparador de goleiros Britto. Com passagens pela Ferroviária de Araraquara, Rio Branco de Andradas, entre outros, Britto está na Caldense desde o ano passado quando ajudou Catanoce a tirar o clube da desesperada situação em que se encontrava no Campeonato Mineiro.
E Britto não dá moleza, na tarde de ontem exigiu muito de Glaysson, Alisson (irmão de Alex Cazumba do São Paulo) e Douglas, mesmo com o forte calor da tarde. “Vida de goleiro é assim mesmo. É sacrificado, tem que treinar mais que os outros, um trabalho intenso, sistemático, extenuante, pois eles precisam estar o tempo todo centrados, concentrados. Existe aquela máxima de que onde o goleiro pisa nem grama nasce, mas tem que ser assim pois o goleiro não pode falhar nunca”, disse Britto. Apenas ele e seus goleiros treinaram na tarde de ontem enquanto o restante do elenco ficou de folga. “A Caldense está muito bem servida de goleiros. Temos três excelentes profissionais, todos já bem conhecidos nossos. O Glaysson está conosco já há uns três anos, o Douglas já conhecemos desde que ele tinha 20 anos e o Alisson também já é conhecido nosso, está em ascensão, é um menino, em quem estamos investindo muito e que certamente terá sua oportunidade no time. O Glaysson é um espelho de todo o trabalho pois na realidade ele é um goleiro que vem se destacando e acaba ajudando até mesmo nosso trabalho, que também se torna conhecido”, falou Britto.
Fã do Fábio do Cruzeiro e de Rogério Ceni do São Paulo, Britto mantém uma boa proximidade com seus atletas. Durante o treino de ontem, que começou com com uma brincadeira para ver que acertava mais vezes o travessão, ficou evidente o clima de descontração entre eles. “O Fábio do Cruzeiro é um injustiçado em termos de seleção brasileira. Deveria ter tido mais chances. Adoro ver o Ceni jogar, o Marcos do Palmeiras é um espelho. Britto ainda cita Taffarel, que, segundo ele, foi um marco em sua carreira. “Ele sempre teve uma grande personalidade, era um goleiro que fazia as coisas mais difíceis ficarem fáceis, tinha uma explosão espetacular e quando eu jogava procurava sempre me espelhar nele”, disse Britto. “Jogar contra um Rogério Ceni, um Marcos, um Fábio é marcante. Marcar um gol contra um destes goleiros é a glória para qualquer jogador”, finalizou.
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