Já ficou chato. A cada jogo é a mesma coisa. Depois de mais um resultado negativo, os jogadores da Caldense dão entrevistas e o problema apontado é o mesmo: “a bola não quis entrar, não sei o que está acontecendo, o time está criando, blá...blá...blá...” Então só posso chegar à conclusão que o problema do time é a bola. Talvez se jogar um esporte que não precise de bola pode ser que a equipe se saia melhor. Quem sabe não poderíamos ter um grande time de xadrez, esporte que não precisa de bola. Jogar baralho também é uma grande pedida.
Se a bola não quer entrar então o que podemos esperar do time da Caldense nas cinco partidas restantes do Campeonato Mineiro? Futebol é gol.
Mas eu tenho outro ponto de vista em relação a este ponto falho da Caldense. Incompetência. Atacante vive de gols e se ele não o faz quando a chance aparece não vejo outra definição.
Vi pela TV a partida de domingo contra o América. Foi mais uma atuação de dar dó da Caldense. O time está completamente perdido na competição e vai ser difícil escapar do Módulo II.
No primeiro tempo a Caldense foi a mesma de sempre. Criou boas chances, fez um jogo equilibrado contra o América - que de grande equipe não tem nada - mas não soube fazer gol. Os atacantes chegam na frente do goleiro e não sabem o que fazer com a bola, chega a dar pena. O primeiro tempo só foi equilibrado porque o América pouco criou e também estava nervoso devido à má fase.
No segundo tempo a Caldense novamente foi a mesma de sempre. Vulnerável, sofreu gols atrás de gols e aí se perdeu completamente numa derrota justa para os veteranos do América.
Depois do bom primeiro tempo a Caldense esqueceu que tinha mais 45 minutos para jogar futebol. O time não voltou bem para a segunda etapa e levou um “baile” do América. Jogando com facilidade o grupo da capital não teve problemas para vencer a frágil equipe de Poços de Caldas. Os gols da vitória americana foram marcados por Joãozinho aos 16 minutos, Fábio Júnior aos 24 e 31 minutos e o “velhinho” Euller fechou o caixão da Caldense aos 46 minutos.
O árbitro Joel Tolentino, tão contestado pela Caldense, teve uma ótima atuação, que em nada influiu no resultado. O que falta é a Caldense jogar futebol para os resultados aparecerem.
A diretoria está tentando fazer o que pode para evitar o pior. Mais dois reforços foram contratados e novos nomes devem aparecer ainda esta semana. A solução precisa dar resultado o mais rápido possível. O site Chance de Gol publicou uma pesquisa em que aponta a Caldense com 90,5% de chances de cair. Então, vamos nos agarrar os 9,5% de chances que ainda restam para o time continuar na elite de Minas Gerais.
Se analisarmos o restante da tabela – restam cinco jogos para a Caldense – vemos que a situação é desesperadora. São três jogos muito difíceis fora de Poços de Caldas, um contra o Atlético Mineiro, outro contra o Ipatinga e um contra o Ituiutaba. O time do Pontal pode ser apontado como o mais fácil, mas tenho visto um futebol melhor do Ituiutaba do que da Caldense. No sábado o time jogou muita bola contra os reservas do Cruzeiro e só perdeu a partida por causa de uma falha do goleiro nos últimos minutos. Resta torcer para o time pelo menos vencer seus últimos dois jogos em casa. Domingo enfrenta o Villa Nova que faz boa campanha no campeonato e depois, na última rodada, o América de Teófilo Otoni, em jogo que pode decidir qual dos dois serão rebaixados. Até o momento a Caldense merece a posição em que se encontra na tabela. O time não mostrou nada nem em casa nem fora de seus domínios. Assim, com toda sinceridade, se o time não cair para o Módulo II seu torcedor já terá motivos de sobra para muita comemoração. Lastimável para uma equipe apontada como favorita antes do início da competição e que fez uma preparação muito longa para que evitasse justamente o que vem apresentando até o momento.
Destaques - Dois nomes muito conhecidos da torcida da Caldense foram destaques neste final de semana em Minas Gerais. Zezito, um dos responsáveis pelo título mineiro da Veterana em 2002, conquistou sua primeira vitória no comando da URT. O treinador assumiu o time de Patos de Minas em lugar de João Francisco com a missão de levar a equipe novamente para o Módulo I. Domingo, a URT bateu o Araxá por 1x0 e assumiu a vice-liderança de seu grupo ao lado de Funorte e Mamoré. Outro destaque foi o goleiro Fernando que deixou a Caldense no início da temporada e foi para o Uberaba. Fernando foi o principal nome do seu time no empate sem gols com o Villa Nova em Nova Lima. Ele defendeu um pênalti e também o rebote, tornando-se o herói do jogo.
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