Esta semana lí nos noticiários que o ex-presidente Lula entrou para o mundo dos palestrantes cobrando R$ 200 mil por palestra, superando outro ex-presidente, Fernando Henrique Cardoso, que cobra R$ 150 mil. Neste seleto grupo deveria entrar o ex-técnico de futebol da Associação Atlética Caldense Paulo Cezar Catanoce, que faria um grande serviço ajudando uma infinidade de desempregados do Brasil. Catanoce poderia mostrar o caminho para arrumar emprego em tempo recorde depois de uma demissão. Daria até livro.
O treinador foi demitido da Caldense na segunda-feira pela manhã e à tarde já estava dando entrevista coletiva e sendo anunciado como novo técnico do União Barbarense, time do interior paulista. Acredito que seja um recorde mundial no futebol.
O feito de Catanoce é mais estranho ainda pelo fato dele levar consigo o preparador físico Luiz Carlos Caldiron e o preparador de goleiro Wanderley Britto, enfim, sua comissão técnica toda. Este feito nem Dunga conseguiu, pois desde que foi demitido da seleção brasileira, não arrumou outro emprego.
Com tudo isto eu só chego à uma conclusão: Paulo Cezar Catanoce foi demitido depois do empate com o Uberaba em Poços de Caldas, uma semana antes do jogo contra o Funorte e entrou em acordo com a diretoria para ficar no cargo até que outro nome fosse contratado pela Caldense. Tenho informações de fontes seguras que na segunda-feira, dia 21, um dia após aquele empate, dirigentes da Caldense procuraram Zezito na URT e pediram para que ele fizesse uma proposta para a Caldense. Zezito disse que não faria a proposta mas esperaria ainda naquela semana uma proposta do time de Poços de Caldas. No mesmo dia entrei em contato com a diretoria da Caldense que negou o fato. Mesmo sabendo que não havia nenhuma possibilidade de minha fonte estar errada resolvi não divulgar. Naquela semana Catanoce comandou os treinos normalmente da equipe e acreditei que ele poderia ter ganhado uma nova chance. Na sexta-feira, um dia antes do jogo contra o Funorte, Zezito foi novamente procurado mas acabou não havendo um acerto para que ele viesse para Poços de Caldas e comandasse a Caldense mais uma vez.
Catanoce comandou o time em Montes Claros e pela nona vez seguida não conseguiu fazer o time vencer. O resto da história todo mundo conhece. Catanoce caiu e Roberto Fonseca assumiu.
A verdade é que algumas coisas ainda não foram bem explicadas. Porque Fernando Gaúcho foi apresentando às pressas e seguiu de avião para Montes Claros e sequer ficou no banco de reservas contra o Funorte? Estava contundido? A primeira informação é esta, mas existem boatos de que o estado do gramado de Montes Claros o afastaram daquela partida. Muito estranho. Poderia ter ficado aqui mesmo. E a saída de Mirandinha? O que de fato aconteceu? Esta semana o discurso na Caldense é que o jogador poderia ser reintegrado ao elenco a pedido de Roberto Fonseca. Então o jogador saiu por causa de Catanoce? Perguntas que por enquanto ficarão sem respostas.
A Caldense tem mais uma semana para trabalhar e vamos torcer para que Roberto Fernandes, que ficou mais de um mês desempregado antes de assumir o time de Poços, consiga colocar a equipe nos eixos. A diretoria pelo menos está dando apoio e não poupando recursos financeiros para motivar os jogadores. Falta a retribuição deles em campo.
Pode ser ainda que dinheiro não é a saída para resolver a situação. Pagar altos salários para jogadores não são garantias de bons resultados dentro de campo. Quem sabe ainda não tem tempo de colocar a molecada em campo. O Juninho, Rodolfo, Xandinho, entre outros, estão treinado e à disposição do técnico. Acho que seria o caminho mais certo para o time sair da crise.
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