Os ensinamentos de vida que o professor de jiu-jitsu Paulo Alves teve no passado são repassados para um grupo de meninos e meninas carentes do Conjunto Habitacional. A infância difícil, muitas vezes quase indo parar em caminhos tortuosos fizeram de Paulo Alves o professor ideal. Alves se formou em um projeto social coordenado pelo Mestre Paulão Rezende. Neste projeto Alves aprendeu os rumos certos da vida e hoje é campeão no esporte. O aluno que virou mestre agora comanda cerca de cinquenta crianças conseguiu ao longo do tempo a admiração de todos.
O trabalho
Entrando no terceiro ano de trabalho com os meninos da zona sul, Paulo Alves avalia positivamente os resultados alcançados. "Tenho fé que daqui vamos formar muitos atletas. Eu sou um exemplo que isto é possível. T emos ainda outros exemplos como o Giusley Santos e isto torna um incentivo. Estou feliz em ajudar a afastar estes meninos da rua e colocá-los no mundo do esporte", disse Paulo Alves.
O projeto
O projeto de jiu-jitsu não é novidade no Cohab. Há vários anos ele estava lá, porém, por falta de apoio parou por um longo tempo. A retomada veio com a nova gestão do Recriança. O projeto conta com o apoio da secretaria de educação.
"Até os estudos melhoram"
João Leandro de Oliveira Júnior, o Juninho supera a timidez para conversar com a reportagem. A ansiedade de Juninho em contar sobre os benefícios do esporte em sua vida impressionam. Tremendo bastante ele conta que depois que começou a prática do esporte até a vontade em estudar aumentou e as notas melhoraram. "Se um dia este projeto aqui no Cohab acabar as crianças vão ficar desamparadas. A maioria não tem condição de treinar no centro. O jiu-jitsu só trouxe benefícios para nós, a maioria dos meninos está bem na escola, não arrumam mais brigas na rua e não vivem mais sem isto aqui", disse Juninho.
Resultados
Os primeiros resultados começam a aparecer. Os meninos já disputaram algumas competições fora de Poços de Caldas. Em um campeonato realizado em Campestre, a equipe composta com 12 alunos conquistou medalha de ouro e um ficou com a prata. O transporte para competições vem da secretaria de educação. "Vamos tentar colocar nosso projeto seguindo o edital do DME e vamos buscar o apoio da empresa. Queremos aumentar o número de crianças, mas para isto precisamos ajuda", disse Paulão Rezende. A falta de quimono é um dos principais motivos para a desistência de alguns meninos. "O quimono é caro e sem ele não tem como praticar o jiu-jitsu. Se conseguirmos o apoio através deste projeto vai tentar atender 100 crianças aqui, não tenho dúvidas", completou Paulão. Outro plano de Paulão Rezende e Paulo Alves é montar uma equipe maior de competição e que todos tenham condições de viajarem para disputar os campeonatos. "Hoje temos que selecionar e mandar apenas alguns para competições longe de Poços de Caldas porque o custo é muito alto", falou Paulão Rezende. Sobre o aluno Paulo Alves que se tornou mestre, Paulão Rezende lembra o início do jovem, na própria Cohab para destacar a importância de projetos sociais na vida de uma criança. "O Paulinho se destacou no meio de 200 alunos, hoje está na Casa do Atleta, vive do jiu-jitsu, ganha competições de grande importância é um grande espelhos para estas crianças da Cohab", finalizou Paulão.
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