Vladimir de Jesus gosta de desafios. O treinador que fez estágios com Levir Culpi e trabalhou ao lado de Lula Pereira conta um pouco de sua história e o que espera do Vulcão no Campeonato Mineiro do Módulo II.
Mantiqueira - Como foi seu início no esporte?
Vladimir de Jesus - Sou formado em Educação Física pela Universidade Federal de Minas Gerais. Meu interesse pela Educação Física veio na época de judoca, fui faixa preta, segundo Dan. O judô fez parte da minha vida durante muito tempo. No último ano cursando Educação Física, acompanhei uma palestra com o treinador Levir Culpi na universidade. Alguns alunos foram convidados para realizar um estágio no Atlético Mineiro. Me interessei, fiz o estágio e gostei muito. No ano seguinte fiz outro estágio, desta vez no Cruzeiro, com o Emerson Silami. Ele foi o meu orientador de pós-graduação e devo muito a ele por ter ingressado no mundo do futebol. O Silami me incentivou e não deixou que eu desistisse da profissão.
Mantiqueira - Qual foi seu primeiro clube?
Vladimir - O América Mineiro foi o primeiro clube que me abriu as portas. Trabalhei lá durante cinco anos, comecei nas categorias de base, cheguei ao profissional e em 1997 fomos campeões da série B. Eu fazia parte da comissão técnica daquele time comandado pelo Givanildo. Em 1998, na série A, trabalhei com o Hélio dos Anjos. Minha função neste período foi sempre na preparação física.
Mantiqueira - Quando você iniciou sua carreira de treinador?
Vladimir - O Democrata de Governador Valadares foi o primeiro time que tive a oportunidade de comandar. Depois de um período, retornei a Belo Horizonte. Neste tempo passei pelo Sete de Setembro, voltei ao Democrata GV, Fabril de Lavras, Esporte Clube Minas Gerais. Depois sai de BH e fui trabalhar no Uberlândia, primeiro como preparador físico, depois como treinador, estive ainda no Valério de Itabira. Enfim, tive passagens por vários times do Estado.
Mantiqueira - Como foi seu trabalho com o Lula Pereira?
Vladimir - Comecei com o Lula como preparador físico e depois fui seu auxiliar. Trabalhamos juntos no América Mineiro, Brasiliense, Bahia e Ceará. Foi uma grande parceria. Tive ainda passagens pelo Náutico, Fortaleza e América de Natal. Na maioria dos clubes que passei, tive a oportunidade de ser auxiliar técnico, preparador físico e treinador interino. Acredito que tenho bagagem suficiente para hoje estar comandando o Vulcão.
Mantiqueira - Como veio a oportunidade de ser treinador do Vulcão, e o que você espera deste trabalho?
Vladimir - Foi através do Fabrício, um parceiro do Rubinho e do Vulcão na formação desta equipe. O Fabrício foi meu jogador, tanto na base do América e, mais tarde, do Brasiliense. Ele me convidou para dirigir o Vulcão e o convite foi aceito com muito carinho. Aqui existe um grande desafio, uma possibilidade de chegar a algum lugar com o Vulcão e isso acabou me seduzindo.
Mantiqueira - Como você espera que o time se comporte neste campeonato?
Vladimir - É um campeonato com muitas dificuldades. A expectativa dos 12 clubes que disputam o módulo II é o acesso, ninguém vai entrar na competição com um pensamento que não seja este. Temos que ir passo a passo. Primeiro vamos tentar fugir do rebaixamento, acredito que esta possibilidade se afaste com três vitórias. Depois vamos nos focar na classificação para a segunda fase. A partir do momento que você está classificado, vem a possibilidade do acesso e vamos nos agarrar a ela com unhas e dentes.
Mantiqueira - Os gramados do módulo II, em sua maioria, são precários. Você acredita que isto seja um fator negativo para sua equipe?
Vladimir - Mesclamos jogadores novos e experientes e todos sabem aonde querem chegar. Se o campo é ruim para um é ruim para todos. Quem tiver mais vontade e determinação chega onde quer.
Mantiqueira - E este time do Vulcão, como entra nesta competição?
Vladimir - Começamos dentro do nível ideal para o início de campeonato. Acredito que durante a competição o time ganhe volume de jogo.
Mantiqueira - Quem é o adversário direto do Vulcão nesta briga pelo acesso?
Vladimir - Todos são candidatos. O fundamental é vencer as partidas em casa e tentar beliscar uns pontinhos fora. Quem conseguir este objetivo vai se dar melhor no campeonato.
Mantiqueira - Como o time joga hoje?
Vladimir - Trabalhamos no 442, visando a um time ofensivo, marcando forte e com velocidade nos contra-ataques. Acredito que com este sistema poderemos alcançar bons resultados, principalmente dentro de casa.
Mantiqueira - Como você avalia os atletas que chegaram por último?
Vladimir - Os que estiverem em condições vão jogar. Prefiro definir isto momentos antes do jogo. O Neguette deve participar da partida, mas não sei se ele suporta o jogo todo.
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