Paulista e Nenê já têm seu nome gravado na história da Veterana e na memória do torcedor, pois, junto com o restante do elenco, foram responsáveis por dar a maior alegria que Poços de Caldas já teve no futebol: a conquista do Campeonato Mineiro de 2002. Para eles, um dos ingredientes do sucesso naquele ano pode ser vista no plantel atual da Veterana: união. “Tenho visto isso nos treinos e jogos. Um time que tem união, que joga com força e que honra a camisa que veste só pode conseguir ser vitorioso. União, força e honra: essa foi nossa receita de sucesso em 2002, e estou vendo isso aqui. A motivação está enorme”, fala, e complementa, confiante: “Podemos perceber que está sendo feito um trabalho muito bem feito, desde a pré-temporada. Portanto, a Caldense tem tudo para trilhar um caminho feliz, cheio de vitórias, e para conseguir até mesmo a tão esperada vaga entre os quatro ou uma vaga na série D do Brasileiro, o que seria para o torcedor uma alegria imensa, por ter a oportunidade de acompanhar o time durante o segundo semestre”.
Nenê Miranda concorda com Paulista: “O primeiro ponto que posso citar que nos ajudou a ter um ano maravilhoso em 2002 foi a forma como o grupo estava unido. Sentíamos prazer em estarmos juntos, tínhamos amizade além do futebol, as famílias eram amigas, e isso com certeza foi essencial. Também conta muito a qualidade do elenco, e fico contente em ver que aqui hoje se tem um elenco unido e de qualidade”, ressalta o volante, que faz questão de destacar: “A Caldense, pela sua história, tem totais condições de seguir em frente e fazer um ótimo Campeonato”.
Paulista e Nenê Miranda contaram suas trajetórias dentro do clube alviverde:
“Eu comecei com 12 anos a jogar na Caldense, em 1987. Joguei em todas as categorias de base; infantil, juvenil, júnior. Joguei 12 anos como profissional, e cheguei a fazer 300 partidas pelo clube. Em 2003 saí, fui emprestado, mas voltei em 2006. Nesse tempo passei por vários outros clube, mas sempre voltava para jogar o Mineiro. A minha felicidade maior foi poder ter sido campeão em 2002”, conta Paulista, que não esconde a gratidão que sente pela Veterana: “Eu agradeço muito a Deus por tudo que a Caldense me proporcionou, pelos amigos que fiz e trago comigo até hoje, pelo reconhecimento do meu trabalho por parte do torcedor e da imprensa; enfim, eu devo muito à Caldense. Hoje, eu vejo com muita alegria o que esse time representa para a cidade, e, como torcedor, só desejo sucesso”.
Nenê também estava presente no clube em 2009, quando o time conseguiu o acesso à elite do futebol mineiro. “Eu cheguei na Caldense no final de 2001. Fiquei em 2002 - ano de nossa maior alegria -, 2003 e 2004. Então, voltei para o estado de São Paulo, de onde sou, para jogar no Grêmio Barueri. Em 2007, quando a Caldense caiu, o saudoso Jânio Joaquim me convidou para retornar, e aceitei. Em 2009 conseguimos voltar para a Módulo I. Fiquei aqui por mais um ano, então fui para São Paulo novamente”, explica.
O zagueiro Fábio Paulista é um dos amigos que estes dois grandes nomes mantêm até os dias de hoje. Com Paulista, ele jogou no Mogi Mirim em 2001, e com Nenê, jogou na Caldense de 2008 a 2010. “Os dois são pessoas ótimas, tanto para se trabalhar quanto para se ter um relacionamento de amizade fora do campo. Foi muito legal essa visita, pois mostra que eles se interessam e têm uma ligação forte com o clube. Esses dois já estão na história da Associação Atlética Caldense”, frisa Fábio Paulista.
Atualmente, Nenê Miranda defende o Jaboticabal, time que joga a segunda divisão do estadual de São Paulo. Paulista não disputa mais campeonatos por nenhum clube, mas não deixou a paixão pelo esporte de lado. Desde outubro de 2010, ele é professor na Escola Zico 10 - unidade de Poços de Caldas -, que desenvolve um projeto social muito importante na cidade com aproximadamente 250 crianças e jovens entre 7 e 15 anos. O objetivo é despertar o prazer pela prática do esporte, ensinando conceitos fundamentais para o convívio em sociedade, como respeito e disciplina.
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