domingo, 12 de fevereiro de 2012

Rubinho fecha parcerias importantes e garante Vulcão no campeonato

Embora relute em admitir, Rubio Guerra, o Rubinho, foi um dos principais responsáveis pelo Vulcão disputar o Campeonato Mineiro que começa hoje. O dirigente arregaçou as mangas, correu atrás de patrocínios, parceiros e atletas. Rubinho ouviu não várias vezes, não desistiu e se diz emocionado ao ver que o time vai disputar o campeonato.


Mantiqueira - Você é apontado com um dos principais responsáveis pelo Vulcão disputar o Campeonato Mineiro deste ano. Como você vê o time para esta competição?
Rúbio Guerra - Muita gente ajudou, principalmente minha família, o Giovane Gaspar, o Tom, o Mário do Hortifruti, Bill, toda a diretoria, o Alexandre, enfim, uma turma muito grande, minha esposa que idealizou as placas. Meu sonho era voltar para casa e fazer um trabalho de destaque e é isto que estou tentando. Estamos conseguindo colocar a equipe em campo com bastante dificuldade, porém, com muita hombridade e, principalmente, humildade. Agora depende muito dos atletas e dos torcedores fazerem sua parte. Vamos tentar realizar um bom campeonato e buscar pelo menos a classificação para a próxima fase.

Mantiqueira - Como foi a busca de parceiros para o Vulcão?
Rubinho - Foi um trabalho realizado aos poucos, em que contatamos um por um dos nossos parceiros, alguns conseguimos dinheiro, mas a grande maioria veio através de permuta. Todos foram muito bacanas conosco e procuraram nos atender da melhor forma possível.

Mantiqueira - Sobre a montagem do time, como foi sua atuação neste sentido?
Rubinho - Temos jogadores de alguns empresários, todos grandes amigos que fiz ao longo da vida e que hoje fizeram questão de colaborar com nosso trabalho. Montamos um time novo, com muitos meninos e esperamos que esta equipe funcione dentro de campo. Acredito que não será um campeonato fácil e vamos depender muito da nossa torcida. Vamos enfrentar adversários experientes, mas confio muito no trabalho que foi feito, Começamos a trabalhar em agosto, testamos muitos meninos e hoje temos orgulho de termos jogadores como Silmar, Campestrinho, Leozinho, Dida, nomes que saíram da nossa peneira e que prometem muito neste campeonato. Além de empresários, conseguimos parceria com o América, que nos enviou o Danilo e o Ciro. Estes atletas não recebem do Vulcão e estão aqui para nos ajudar.

Mantiqueira - Muitos jogadores do atual elenco do Vulcão são mantidos por empresários?
Rubinho - Não são muitos. Alguns atletas são pagos, com boa parte dos salários, pelos empresários e um pequeno complemento é feito pelo clube. Temos uma folha de pagamento mensal que gira em torno de 18 mil reais, muito baixa para os padrões do futebol.

Mantiqueira - Quais os projetos do Vulcão para a temporada, além do Mineiro?
Rubinho - A Taça Minas Gerais é nosso foco no segundo semestre. Estamos esperando uma abertura maior da prefeitura de Poços de Caldas. Acredito que seria importante um apoio tanto para nós quando para a Caldense, pois os clubes representam a cidade em todo o Estado e merecem este carinho. Hoje temos um apoio da prefeitura, mas acredito que poderia ser um pouco maior esta ajuda para que estes dois clubes tivessem condições de manter o futebol o ano todo. Quero deixar claro que não estou reclamando da prefeitura, que já está no ajudando na medida do possível. Nossa reivindicação é que de alguma forma poderia nos apoiar um pouco mais para termos mais tranquilidade de manter a equipe. Independente disso estamos buscando novos patrocínios. A FC Consultoria Esportiva, nossa representante na região de Belo Horizonte e Divinópolis, está buscando um parceiro que nos dê condições de continuar.

Mantiqueira - O que você espera deste campeonato?
Rubinho - Não temos um grupo muito grande, vamos ter contusões, jogadores suspensos por cartões, fatos que dificultam ainda mais a disputa. Acredito que estamos no nível da maioria dos clubes. Vejo Ipatinga, Araxá e Uberlândia num nível um pouco superior ao nosso. O Uberlândia, principalmente, tem dinheiro, a prefeitura ajuda e isto faz diferença. Nossa chave vem com um Social muito forte e um Ipatinga babando pela vaga. Vamos correr por fora pela segunda vaga, mas muita coisa pode acontecer.
Mantiqueira - Estrear com vitória hoje é fundamental?
Rubinho - Com certeza. Espero um grande jogo diante do Tricordiano, um clássico regional. Esperamos que o povo de Três Corações venha com bastante calma, sempre recebemos eles com bastante educação, sempre vieram aqui e não aconteceu nada. Na última vez que o Vulcão foi lá foi um grande vexame por parte deles. A Federação precisa olhar para isso. Vamos dar um bom tratamento para eles aqui, mas queremos ser bem recebidos lá também. Vamos cobrar isso da polícia ou de quem for. Futebol não é guerra e sim uma festa bonita. Com a bola rolando acredito que será um jogo igual, as duas equipes saindo de problemas financeiros e sem dinheiro para contratar. Claro que espero que nosso time leve a melhor e vencer hoje será fundamental sim.

Mantiqueira - Você pensa em voltar para o exterior?
Rubinho - Gostei muito de trabalhar no Poços de Caldas Futebol Clube, porém, as coisas no Brasil são mais difíceis. Não existe um planejamento anual ou a longo prazo. Aqui as coisas são de última hora. A gente coloca o nome e fica muito exposto. Se acontecer uma catástrofe fica complicado. O Brasil é assim. Os clubes brasileiros em geral trocam o tempo todo de treinador e a culpa é sempre jogada em cima de um só. Estou emocionado, feliz por ver que temos jogadores no Bid, vamos estrear e hoje o Vulcão vai estar em campo. Isto é uma grande vitória, independente do resultado que vier. Fora do Brasil, a coisa é mais tranquila, os dirigentes sabem das dificuldades, dão condições de trabalho e existe um prazo para o trabalho aparecer. Lá tem dinheiro, apoio do governo, estrutura e aqui, infelizmente, não tem, e precisamos ir na raça.

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