Dias destes uma partida de tênis chamou a atenção do mundo. Numa batalha que durou quase seis horas,
exatamente 5 horas e 53 minutos, Djokovic derrotou Nadal e conquistou o título de um grand slan. A torcida delirou com o jogo, a mídia não poupou adjetivos como épico, histórico, sensacional, magnífico, entre outros. Dias depois li um comentário mais sensato de fisiologistas. Eles disseram que os tenistas correram sérios riscos de saúde. O tempo deles em quadra foi o equivalente há uma maratona e meia, ou seja, correram durante o jogo, 65 quilômetros. “Numa situação como esta existe uma absurda perda de água e de sais mineiras. A perda de sódio é o que mais ameaça a saúde. É preciso assegurar que não haja queda do nível de sódio. Falando de uma forma mais contundente, é algo que pode matar um indivíduo. Existem inúmeros casos de morte por perda de sódio nas corridas longas, não é terrorismo. Isso é chamado de hiponatremia”, disse Turíbio Leite de Barros, ex-fisiologista do São Paulo em uma de suas entrevistas.
Ontem estive com Sérgio Alcântara, o professor Serginho da Academia Tênnis Center, aqui de Poços de Caldas. Fui conversar com ele para saber o que ele acha do tênis submeter seus atletas a tal nível de esforço. Na minha opinião o tênis deveria ser cronometrado e assim estabelecer um limite de tempo dos jogadores em quadra. O quinto set, por exemplo, deveria ser o mais curto de todos. Serginho foi mais radical. Para ele, sequer deveria existir quinto set. No seu ponto de vista poderiam definir o jogo em três sets. Concordei. O problema é que isto dificilmente vai acontecer. Os mandatários do tênis querem manter a tradição do esporte sem mudanças. Talvez, se um dia acontecer uma tragédia dentro da quadra mude este pensamento arcaico.
Já no futebol, existe uma falta de interesse em mudanças para acabar principalmente, com erros de arbitragens. Neste caso acredito que interesses extra-campo falem mais alto. Às vezes o erro do árbitro a favor de um time grande convém para pessoas que por algum motivo, nutrem interesses no resultado da partida. A Caldense no sábado foi prejudicada pela arbitragem. Não foi nada gritante, nada que chamasse a atenção, poucos perceberam, mas foi. Os dois gols do Atlético Mineiro na partida surgiram de faltas invertidas pelo árbitro lá no campo de defesa da Veterana. Através destas faltas invertidas surgiram os gols do Galo. Lances assim passam despercebidos, mas fazem muita diferença. Com o Atlético em vantagem por 2x0, houve um pênalti claro que poderia aumentar ainda mais a vantagem do Galo. Este, o juiz não deu. Claro que não deu. Não precisava mais, o estrago estava feito. Ele ainda saiu criticado pela imprensa da capital e pelo próprio Atlético, deixando ainda mais despercebidos os erros lá no primeiro tempo, quando a vitória atleticana foi construída. Para evitar fatos assim, o futebol teria que recorrer a recursos tecnológicos. Deveria ainda contar com mais árbitros dentro de campo com poderes de decisão na hora que um lance duvidoso. Seria bom para todos. Não é legal ver seu time perder ou até mesmo vencer por causa de erros pequenos de arbitragem. É muito poder para uma pessoa só. Mas, como disse anteriormente, mudanças nem sempre são bem vistas pelos comandantes do nosso futebol. Alguém duvida, por exemplo, que se tivesse mais um árbitro com poder de decisão na linha atrás do gol do Tricordiano no domingo passado aqui em Poços, aquele pênalti escandaloso para o Vulcão não teria sido anotado?
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