GUSTAVO MENDANHA
AC&M Caldense
No último fim de semana – dias 24, 25 e 26 – cerca de 50 profissionais ligados ao esporte participaram de um curso de voleibol ministrado pelo ex-técnico e ex-jogador Carlos Eduardo Guilherme – conhecido em todo o Brasil como professor Pacome –, que aceitou o convite da Liga Sanjoanense de Desportos para transmitir seus conhecimentos aos professores e técnicos de vôlei de Poços de Caldas e região.
Durante os três dias de programação (sexta-feira, sábado e domingo), profissionais da modalidade, vindos do Sul de Minas e o do Leste Paulista aprenderam novas técnicas, fundamentos e tendências relacionadas à evolução do voleibol. O curso foi idealizado numa parceria entre a Liga Sanjoanense, realizadora; a prefeitura de Poços, responsável pelo alojamento da equipe organizadora; e a Caldense, que cedeu toda a infra-estrutura para a realização das aulas, como salas para as reuniões e quadras para a parte prática do curso.
O objetivo foi atualizar os conhecimentos dos professores e técnicos de voleibol da região quanto às novas regras e procedimentos empregados no esporte da atualidade. “O voleibol evoluiu muito de uns anos para cá. O esporte praticado há dez anos é completamente diferente do que é jogado hoje. E os praticantes da modalidade têm que buscar atualização na área, para promover o avanço desse esporte, que está em constante evolução, em sua região”, declara Pacome.
Pacome começou sua carreira como jogador de vôlei no Minas Tênis Clube em 1962, e foi técnico da seleção mineira universitária em 1973. Após as primeiras experiências como treinador, Pacome participou de dezenas de cursos no país, inclusive conquistou o posto de técnico das seleções mineiras e brasileira de vôlei. Hoje, além de professor de Educação Física, é especializado em comportamento de jovens e adolescentes, na área esportiva, e escreve livros sobre o tema.
Durante o curso, o professor discursou sobre diversos tópicos, dentre eles, o esporte de iniciação e o de competição. Segundo Pacome, essas duas formas distintas de abordagem do esporte na sociedade caminham em linhas paralelas. “Qualquer meio de competição é sempre lucrativo. O esporte não pode agir como meio de exclusão, pelo contrário, tem que ser usado como ferramenta de inclusão social. Todos têm que ter direito a praticá-lo, de forma a envolver equilibradamente desde o mais fraco ao mais forte. Entretanto, em modalidades como o voleibol de alto rendimento, por exemplo, o jogador tem que ter um biótipo adequado para ter chances de ser bem-sucedido em sua carreira”, defende Pacome.
O diretor de Voleibol da Liga Sanjoanense de Desportos, Luiz Antonio Franchiosi – o Alemão –, afirma que a ministração do curso na Caldense deverá contribuir de forma expressiva para o futuro do vôlei na região. “Há muito tempo já trazemos árbitros internacionais para ministrar cursos de arbitragem de vôlei na região. Daí surgiu a ideia de convidarmos um ex-técnico da modalidade, para enriquecer os ensinamentos dos profissionais que trabalham diretamente com o voleibol. Por isso, escolhemos o Pacome, que é um estudioso no assunto, e que vem pesquisando muito sobre o esporte no país”, revela Alemão.
Para o coordenador de Esportes Especializados da Caldense, Wagner Sidney Silva, o aprendizado é essencial para todos os níveis de conhecimento, desde alunos a professores experientes da área. “Se a Caldense puder proporcionar ao funcionário aquilo que é mais importante, que é o conhecimento, automaticamente teremos profissionais mais habilitados a trabalharem com os nossos jovens e adolescentes. Por isso, o curso com o professor Pacome tem muito a contribuir com o dia a dia do clube. Afinal, a Caldense hoje contribui para o crescimento do esporte amador não somente em Poços, mas também na região”, declara Silva.
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