Poços de Caldas, MG – Depois receber duro golpe e ser excluída em mais uma lista da Fifa de possíveis subsedes para a Copa do Mundo, a cidade, enfim, ouviu uma grande notícia. Poços poderá receber equipes de hipismo para treinamentos durante as Olimpíadas do Rio de Janeiro em 2016. O Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos Rio 2016 anunciou ontem o resultado do Processo para Cadastramento e Seleção de Locais de Treinamento Pré-Jogos. Foram consideradas aptas 172 instalações esportivas de 73 cidades e 18 Estados das cinco regiões do país. Essas instalações serão apresentadas a todos os Comitês Olímpicos Nacionais (CONs) e Comitês Paraolímpicos Nacionais (CPNs) por meio de um guia online que será lançado durante os Jogos Olímpicos e Paraolímpicos Londres 2012.
Em Poços de Caldas, a instalação selecionada foi a Sociedade Hípica Chácara Flora, vistoriada há cerca de quatro meses. Junto com o ginásio Poliesportivo Dr. Arthur de Mendonça Chaves, o estádio municipal Dr. Ronaldo Junqueira, o ginásio Moleque César, no Cascatinha, e o Poços de Caldas Golfe Clube. De momento, apenas a Hípica Flora foi selecionada e será incluída no guia em Londres.
A lista de cidades foi divulgada ontem pelo Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos. A próxima etapa do processo é a assinatura do Termo de Compromisso, que deverá ser feita até o dia 3 de fevereiro. Além de Poços de Caldas, o sul de Minas teve outras duas cidades selecionadas. O Clube Campestre de Varginha e a Arena Olímpica João Mambrini, de São Sebastião do Paraíso, também estão na lista do Cob.
“O nome de Poços de Caldas será apresentado em Londres e isso é uma conquista muito grande para nós. Estamos satisfeitos, pois mostra a seriedade do trabalho que foi feito até agora por parte do Comitê Poços Pré-Jogos”, disse o secretário de Esportes Carlos Alberto dos Santos.
A Chácara Flora impressionou bastante os representantes do Cob que estiveram na cidade. Segundo os representantes da entidade, o local pode receber com qualidade qualquer delegação. “Se amanhã alguma delegação quiser usar a estrutura da Chácara Flora, o local está em condições para isso. Este fato pesou muito na inclusão de Poços de Caldas no guia”, disse Santos.
O secretário não descarta a possibilidade de a cidade receber outras modalidades. “O Instituto está trabalhando em outras frentes e podemos ainda agregar outros valores até os jogos”, completou. Porém, esta hipótese é muito remota. Apenas o remo tem alguma possibilidade de trazer delegações para a cidade, mas depende da parceria com o Clube Náutico Praia do Sol. “Existe uma negociação entre a Confederação Brasileira de Remo e o Luiz Martins, da Praia do Sol, que ser for confirmada dará totais condições para a cidade receber delegações da modalidade. Acredito que as possibilidades de sucesso nesta negociação são muito grandes”, finalizou Santos. Além da Praia do Sol, as represas Bortolan e do Cipó seriam locais para a prática do remo na cidade.
A escolha
O criterioso Processo para Cadastramento e Seleção de Locais de Treinamento Pré-Jogos durou 12 meses e teve etapas e critérios extensivamente divulgados pelo Rio 2016™. Seu objetivo foi identificar instalações em todo o país que atendessem aos requisitos técnicos e recomendações das Federações Esportivas Internacionais para que os Comitês Olímpicos e Paraolímpicos Nacionais pudessem trazer seus atletas para o Brasil antes dos Jogos, visando à concentração e ao aperfeiçoamento do treinamento e a sua aclimatação às condições locais.
Também foram avaliados os acessos à instalação, proximidade de aeroportos com voos domésticos, além da rede hoteleira e hospitalar disponível nas proximidades.
A identificação desses locais é uma solicitação do Comitê Olímpico Internacional e do Comitê Paraolímpico Internacional ao país-sede dos Jogos. Uma vez identificados os locais, caberá a cada instalação negociar diretamente com os comitês os termos de utilização de seus equipamentos pelas delegações estrangeiras.
“É com satisfação que podemos dizer que o cumprimento dessa solicitação trará benefícios para todo o Brasil. Receber delegações olímpicas e paraolímpicas dissemina a experiência dos jogos para além do Rio e movimenta as cidades social e economicamente. Essas cidades podem passar a atuar como polo de desenvolvimento esportivo em seu Estado ou região. É também uma oportunidade de divulgação e promoção nacional e internacional do potencial esportivo e turístico dos municípios”, disse o presidente do Rio 2016, Carlos Arthur Nuzman.
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