Geovane Gaspar conta como anda a situação do clube e como tirou proveito de fatos negativos do passado.
Mantiqueira - O Vulcão, em seu quinto ano, tem mais uma chance de brigar pelo acesso ao módulo I. O que você espera desta equipe no Campeonato Mineiro?
Geovane Gaspar - A cada campeonato a expectativa é sempre grande. Para este ano estamos bastante animados, sabemos das dificuldades em temporadas passadas. O Vulcão foi um clube que teve uma ascensão muito rápida e depois caiu. Este ano tudo foi muito bem planejado, temos um diretor de futebol ativo, um supervisor ativo. Nossa parte foi feita e agora depende do time dentro de campo.
Mantiqueira - Como foi o trabalho de montagem desta equipe?
Geovane - Tudo começou após uma conversa com o Rubinho. Ele tinha vontade de retornar ao Brasil e surgiu a oportunidade de trabalhar conosco. Ele conseguiu uma importante parceria com a FC Consultoria, empresa dos irmãos Fabrício e Christian Souza, e assim foi possível a montagem do time. Hoje temos parte de jogadores de Poços de Caldas, revelados através de uma peneira iniciada em agosto, e o restante veio através desta parceria. O grupo está fechado e estamos bastante otimistas para este trabalho.
Mantiqueira - Como está a situação financeira do Vulcão?
Geovane - É bom tocar neste assunto, pois não é fácil manter um time de futebol profissional. Os custos são muito altos, existem muitas taxas, a Federação Mineira de Futebol exige muito e não nos dá retorno algum. O custo é muito grande. Este ano foi feito um planejamento com os pés no chão e a situação está equilibrada. Temos um time barato, ninguém aqui ganha além do que podemos pagar, não existem grandes salários. Os jogadores que aqui estão vieram com o propósito de vestir a camisa do clube e alçar voos mais altos. Eles querem que o Vulcão seja uma vitrine e uma porta de entrada para clubes maiores. O orçamento está bem fechado, tudo certinho, e isto me deixa muito feliz com o trabalho feito pelo Rubinho. Não vamos ter problemas financeiros, não vamos ter problemas com falta de pagamentos, existe um equilíbrio, apesar dos altos custos que um time profissional exige.
Mantiqueira - Como você se vê como dirigente hoje?
Geovane - Aprendi muito. Às vezes a gente tem que apanhar para aprender. Fui muito enganado e acreditei em pessoas que não deveria. Ano passado fizemos uma parceria com empresários e no último momento eles foram embora na calada da noite e ficaram todos os problemas em minhas mãos. Este fato me fez aprender muito, fiz o que pude na época, tentei equilibrar as coisas e acho que consegui. Nenhum jogador saiu daqui sem acerto, porém, este fato me ensinou muito. A vida é assim mesmo, um aprendizado a cada dia, dentro e fora de campo. Hoje sei como lidar com a imprensa, com o grupo e todas as situações que minha função exige. Aprendi que um dirigente precisa ser o mais transparente possível, no mundo do futebol a gente encontra muita gente desleal. Você sendo transparente, saber o que pode e o que não pode, diferenciar quem realmente está ao seu lado, acaba se saindo bem.
Mantiqueira - Você acredita que este ano será marcado pelo reencontro do Vulcão com sua apaixonada torcida?
Geovane - Estamos resgatando o Vulcão em todos os sentidos. O time teve um crescimento mais rápido do que a gente esperava, depois houve a queda por diversos fatores. Tivemos troca de diretoria, problemas financeiros, os resultados dentro de campo não vieram. Você pode montar o melhor time, ter a maior torcida, porém, se dentro de campos os resultados não forem o esperado, o torcedor não vai ao estádio mesmo. O que a gente está colocando para nossos jogadores é exatamente isto. Vencendo, a casa lota, a torcida vem, apoia o time, se anima e isto motiva os jogadores dentro de campo. A gente espera que o time responda dentro de campo, o suporte que foi dado fora de campo e que corram atrás das vitórias, só assim nosso torcedor estará de volta.
Mantiqueira - O Vulcão tem planos de manter o futebol profissional o ano todo?
Geovane - Estamos conversando bastante através da parceria com a FC Consultoria. Nossa vontade é manter o time após o Campeonato Mineiro. Futebol não pode ficar limitado a apenas três meses, é preciso uma atividade o ano todo. Lógico que as coisas podem mudar. Queremos revelar jogadores, mas para isto, precisamos nos manter em atividade. Vamos tentar disputar a Taça Minas Gerais, dar oportunidades para os garotos. Teremos um trabalho de base na tentativa de fabricar jogadores. Temos uma grande estrutura que precisa funcionar sempre.
Mantiqueira - Como você vê a partida de hoje diante do Tricordiano?
Geovane - Estreia é sempre complicada, nosso time está com muita vontade e isto me deixa confiante. Os jogadores se dedicaram muito aos treinamentos, vestiram a camisa, estão compromissados com o time, a torcida e a diretoria. Que a gente possa fazer um bom jogo e já estrear com vitória. Com um resultado positivo hoje não duvido que teremos uma boa sequência no campeonato.
Um comentário:
oi aconpanho o vulção e tenho um amigo jogando lá..ele se chama Silmar e é muito bom, jogamos juntos aqui em botelhos e quem sabe um dia eu também não to lá também...O presidente do vulção acertou dessa dando oportunidade aos jogadores da região ....
até.... abraços catatau
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