domingo, 11 de dezembro de 2011

Cricket encerra temporada com exibição no Parque Municipal

No início do mês, alunos da Casa do Menor Dr. Ednan Dias estiveram no Parque Municipal Antônio Molinári para o encerramento da temporada do Cricket. O esporte é praticado na entidade de Poços de Caldas sob o comando dos professores Matt French, técnico da seleção brasileira e Alexandre Felipe. “Resolvemos comemorar o encerramento da temporada trazendo os meninos aqui no Parque. Eles gostaram muito e viram que este esporte pode ser praticado em vários tipos de terrenos”, disse Alexandre Felipe. Cerca de trinta crianças estiveram no parque e fizeram demonstração de como é o esporte tradicional na Europa e na Ásia.
Com o encerramento da temporada o projeto na Casa do Menor retornar em final de janeiro.
“Estamos contentes com este primeiro ano de projeto. Esta modalidade ajuda muito na disciplina dos meninos, muitas vezes afoitos, desorganizados e acabam melhorando o comportamento com o esporte”, disse Felipinho.
As aulas na Casa do Menor são ministradas todas as sextas-feiras.
 O cricket chegou a Poços de Caldas há pouco tempo graças ao trabalho de Matt e a vontade do treinador é transformar a cidade num pólo da modalidade. Em todo o Brasil, mais que 1.000 crianças receberem aulas em escolas de Brasília, São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba, além de Poços.
“Quero trabalhar com estes meninos da Casa do Menor e formar uma seleção brasileira infanto-juvenil apenas com jogadores da cidade. Esta seleção representaria o Brasil em diversas competições mundo afora”, diz o técnico. Matt e Alexandre treinam equipes masculinas e femininas e acreditam que o projeto deverá colher bons frutos para o esporte nacional.
“É muito gratificante este trabalho em Poços de Caldas. A diretoria da Casa do Menor nos abriu o espaço, deu liberdade para ensinar a modalidade e a aceitação é muito grande entre os garotos”, conta Matt.
Para o professor Alexandre Felipe, o trabalho na cidade deve ser levado adiante, já que vem trazendo um benefício grande aos meninos da instituição. “Estamos fazendo um trabalho voluntário na Casa do Menor e é gratificante ver que todos aceitam bem este esporte, diferente para a maioria dos meninos. Já notamos alguma evolução e acredito que o Matt vai conseguir implantar sua filosofia de jogo e montar uma equipe forte para representar o Brasil”, diz Felipe. O treinador inglês ainda destacou o lado disciplinar do esporte. “O cricket leva a coisa pelo lado da união, companheirismo, irmandade e isto tudo faz muito bem para todos”, completa.
O Cricket - A maneira mais fácil para o brasileiro entender o cricket é por meio da semelhança com o taco ou betes, que parece uma forma simplificada do jogo inglês. O princípio é o mesmo: o arremessador tem que derrubar a “casinha”, a wicket, e o rebatedor tem que bater a bola e correr até a outra wicket para marcar pontos, ou runs.
Mas, enquanto o taco é jogado em duplas, um time de cricket é formado por 11 jogadores: dois rebatedores, os batsmen, e onze fielders no campo tentando impedir que a equipe da vez (a que rebate) complete os runs e tentando eliminar os rebatedores. Além de derrubar a casinha, o rebatedor pode ser eliminado se a bola for pega no ar; ou se a wicket for “quebrada” antes de os rebatedores chegarem a ela ao tentar marcar os runs. A equipe da vez tem que marcar o maior número de runs possível, enquanto o outro time tenta eliminar dez rebatedores. Uma vez que todos esses rebatedores são eliminados, os times trocam de posição, passando a rebater o que estava arremessando e a arremessar o que estava rebatendo. O vencedor é o time com o maior número de runs. A bola usada para jogar é dura, feita de cortiça e couro, um pouco maior que uma bola de tênis. Duas casinhas ficam a 20 metros uma da outra e o campo inteiro mede praticamente o mesmo que dois campos de futebol. Quando o rebatedor consegue bater a bola para fora dos limites do campo, ele marca quatro runs. Se a bola não bater no chão, ele marca seis runs. Cada arremessador atira a bola seis vezes, um over, e aí outro arremessador atira da outra casinha.

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