sexta-feira, 7 de setembro de 2012

Atletas embaixadores estão em Poços para apoiar competidores


JULIANNE BATISTA
redacao@mantiqueira.inf.br

Poços de Caldas, MG – No final da manhã de ontem (6), o Comitê Olímpico Brasileiro promoveu, no teatro da Urca, uma coletiva de imprensa para falar da 15ª Olimpíadas Escolares e apresentar os atletas embaixadores que estão em Poços de Caldas para incentivar os competidores que vieram de todos os Estados do país.
Nesta quinta edição sediada por Poços, 11 atletas, incluindo medalhistas olímpicos e pan-americanos, atuam como embaixadores. São eles: Ana Claudia Lemos, do atletismo, Daniel Paiola, do badminton, Clarissa dos Santos, basquete, Renato Rezende, ciclismo, Angélica Kvieczynski , ginástica rítmica, Luiz Ricardo, handebol, Leonardo de Deus, da natação, Antoine Jaoude, lutas olímpicas, Lígia Silva, do tênis de mesa, e Lenísio Teixeira Jr, representante do futsal.
 A recente medalhista olímpica Sarah Menezes, do judô , não participou da coletiva, pois foi convidado pela presidente da República Dilma Roussef para desfilar dia sete de setembro, em Brasília, mas chegará a Poços já no sábado.
Além dos atletas, o diretor geral das Olimpíadas Escolares Edgar Hubner e o secretário municipal de Esporte e Lazer de Poços Carlos Alberto dos Santos também participaram da coletiva.
Durante sua fala, Hubner deu alguns grandiosos números dessa edição dos jogos escolares, tais como os 18 hotéis ocupados pelos atletas,  as cerca de 45 mil refeições que serão servidas em um restaurante montado para os dias de competição, os 40 profissionais da cidade contratados para ajudar na organização e também os 3.800 jovens, de12 e 14 anos, vindos de 1.253 escolas brasileiras, mais de cem a mais do que na última edição, realizada em João Pessoa, na Paraíba. No total, são 13 modalidades.

 Atletas locais
Questionado sobre a possibilidade que os municípios que acolhem as Olimpíadas Escolares têm de investir mais nos atletas locais após a realização das competições, o diretor geral disse que apesar de serem poucas as cidades que receberam os jogos, já que a grande maioria aconteceu justamente em Poços de Caldas, é difícil medir os resultados que o evento gerou localmente.
Porém, ele contou que algumas cidades passaram a adotar o sistema de bolsas de estudo para os atletas. “Quantas crianças estão aqui hoje e, por conta do esporte, conquistaram bolsas e foram estudar em escolas particulares. Quantas delas conseguiram dar melhores condições de vida para suas famílias”, ressalta.
Hubner salienta que o objetivo do COB não é simplesmente passar 15 dias na cidade e ir embora. Mas sim, deixar um legado. “Mas eu pergunto, efetivamente, as pessoas conseguem perceber a importância de transformação que esse evento tem?”, questiona. Ele também disse que devem existir políticas públicas que são frutos do trabalho da própria prefeitura.
Ainda falando do investimento nos atletas locais, o diretor lembrou que quando Poços sediou as Olimpíadas pela primeira vez havia apenas um poços-caldense em toda delegação de Minas Gerais. Surgiu então, a ideia de criar, além da delegação do Estado, a delegação da cidade-sede. “Tenho certeza que esse pequeno gesto criou uma mudança na estrutura do município para incentivar mais crianças nas práticas esportivas. A gente nunca deixou a cidade do mesmo jeito que estava quando a gente chegou”, aposta.

 Incentivo
O objetivo dos atletas estarem em Poços é incentivar, apoiar e servir de espelho para os adolescentes que estão começando agora. Muitos deles se inspiraram em atletas consagrados e hoje têm a oportunidade de estar junto aos competidores, passando conhecimentos através de palestras, cerimônias, atividades culturais e no dia-a-dia dos jogos.
Daniel Paiola é atleta do badminton, uma modalidade ainda pouco conhecida no Brasil, semelhante ao tênis ou vôlei de praia, praticado com raquete e peteca. Ele conheceu o esporte em Campinas-SP e precisou sair do país para treinar e atingir um nível olímpico, de alto rendimento.
Paiola fala que é difícil convencer uma criança a praticar o badminton ao invés do futebol, por exemplo, que é o esporte mais popular do Brasil. Porém, acredita que, com o passar do tempo e o aumento nos investimentos a tendência é que aumente o número de adeptos. “O esporte vai evoluindo. Antigamente só era praticado em três Estados e agora já é em 19. Esse é o segundo esporte mais praticado do mundo e o primeiro na China. A cada participação nas Olimpíadas a modalidade atrai mais investimentos. É um investimento a longo prazo, assim como em todos os esportes”, avalia.
Novidade entre os embaixadores, está Renato Rezende, que tem raízes em Poços. Ele contou que é uma grande honra estar entre atletas que antes só acompanhava pela televisão e agora, a partir de sua participação nas Olimpíadas de Londres, está tendo a oportunidade de conhecer de perto. “É muito bom poder estar aqui e ser exemplo para esses atletas participantes”, frisa. Rezende fica na cidade só até domingo (9), pois já na segunda-feira (10) viaja para uma competição no Canadá.

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