A seleção brasileira feminina sub-16 de vôlei encerra hoje sua preparação na cidade visando ao Campeonato Sul-americano que será disputado no Peru, a partir do dia 24 de agosto. Foram 10 dias na cidade e, segundo o treinador Antônio Rizola Júnior, o trabalho foi muito bem aproveitado, tanto pelas meninas quanto pela comissão técnica. Como fase final dos preparativos, o time disputou um quadrangular no qual acabou ficando com a segunda colocação. Para o experiente treinador, o resultado final da mini competição foi o que menos importou. Toda a preparação feita na cidade foi de fundamental importância nesta reta final de preparação para uma competição importante. “Nossa participação neste quadrangular foi extremamente positiva. Escolhemos três equipes com grande nível técnico e meninas com idade adulta, três anos mais velha que nosso grupo e nosso time se comportou bem em todas as partidas. Inclusive na derrota do último sábado foi nossa melhor atuação. Uma equipe jovem como esta perder e no dia seguinte jogar bem como jogou no domingo diante do São Caetano é um ganho muito grande. Fiquei muito satisfeito, a equipe demonstrou ser um grupo muito bom e isto será muito importante na competição do Peru”, disse o treinador, que variou muito o time durante o jogo de domingo na quadra do Colégio Pelicano, quando ele venceu São Caetano por 3 sets a 0. “Quem veio ver este jogo pode perceber que temos um elenco muito bom. A cada set tinha um time diferente na quadra e isto nos dá a alegria de saber que o trabalho está sendo bem feito. Ganhar no Peru vai depender muito do momento mas com certeza vamos chegar para brigar pelo título”, disse o treinador. Para o treinador, a escolha de times mais velhos para este quadrangular em Poços de Caldas foi uma boa estratégia para testar o real potencial do nosso time. “Não gosto que a equipe saia vitoriosa vencendo “galinhas mortas”. Empurrar bêbado em descida é fácil. Temos que superar dificuldades, e muito mais que a vitória na partida é a gente conseguir realizar aquilo que treinou e isso conseguimos plenamente neste torneio”, disse ele. Rizola não revela o grupo que começa jogando no Sul-americano do Peru. O treinador disse ao Mantiqueira que só definirá a equipe que começa jogando já no país vizinho. “Temos jogadoras de vários Estados do Brasil. O Rio Grande do Sul, com três, é o que mais cedeu atletas para este time. Temos duas de Santa Catarina, duas de Minas e está bem dividido. Não tenho mesmo o time que começa jogando porque esta idade varia muito de rendimento. Cada dia é um time e será preciso aproveitar o momento de cada uma para se ter uma ideia,” finalizou o treinador. O time brasileiro embarca dia 22 para o Peru e a competição começa dia 24. O grupo realiza hoje um treinamento na cidade de Campestre, depois volta para Poços e amanhã deixa vai embora.
Para o secretário de esporte Carlos Alberto dos Santos, receber a seleção de vôlei mais um ano em Poços de Caldas é um retrato de que a cidade dá sorte. Faltando poucos dias para uma competição importante, a cidade foi escolhida para a fase final de preparação para o Sul-americano.
Técnico linha-dura e amigão - Antônio Rizola, treinador da seleção sub-16 que está em Poços de Caldas em treinamento, tem grande experiência em lidar com times de base. Ele já esteve em Poços de Caldas ano passado, durante as Olimpíadas Escolares, trabalhando como olheiro para a CBV e é, ao mesmo tempo, um linha-dura com suas jogadoras e um amigão de todas. Rizola busca o tempo todo orientar o time na quadra e quando é preciso uma bronca ele fala duro, porém pouco depois da “cara feia” abre um grande sorriso com um acerto que vem a seguir. Ele já treinou grandes atletas do voleibol brasileiro e outras muitas promessas ainda vão surgir.
Desde 1989, a rotina de trabalho de Antônio Rizola Neto está ligada às seleções femininas de base do vôlei brasileiro. Há mais de 20 anos trabalhando com divisões de base, ele foi assistente de Wadson Lima, e desde então tornou-se o técnico responsável pela equipe infanto-juvenil (até 17 anos). Até 2006, desempenhou as funções de treinador da equipe juvenil. Rizola já trabalhou com equipes femininas das três categorias: infanto-juvenil, juvenil e adulta. Ao longo do tempo, além de aprender a lidar com o universo feminino, o treinador teve de desenvolver um trabalho específico para cada faixa etária. Por isso, além de técnico, acostumou-se a desempenhar também os papéis de educador e administrador.
“Cada etapa da vida do atleta tem uma peculiaridade e temos que lidar com cada uma delas de forma diferente”, explica Rizola.
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